O melanoma cutâneo é um câncer de pele raro, mas grave, originado dos melanócitos, células responsáveis ​​pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Embora tenha boas chances de tratamento nos estágios iniciais, se não for tratado, pode se espalhar, aumentando os riscos e dificultando o tratamento.

Em 2023, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou 8.980 novos casos de melanoma no Brasil. Com o crescimento da população, o aumento da expectativa de vida e as mudanças climáticas, projeta-se que o número de casos continue a subir nos próximos anos. Para o período de 2023 a 2025, a previsão é de 704 mil novos casos de câncer anualmente no país.

Os principais fatores de risco incluem predisposição genética, exposição excessiva ao sol, especialmente durante a infância, e presença de muitos nevos (pintas). Pessoas com pele clara, histórico familiar de melanoma ou múltiplas pintas apresentam maior risco. A detecção precoce é crucial, e a prática regular do autoexame é fundamental. Observe alterações nas pintas, como assimetria, bordas irregulares, coloração desigual, diâmetro superior a 6mm e modificações ao longo do tempo. Caso note sinais suspeitos, procure um profissional. Embora a pele negra tenha proteção natural contra danos solares devido à maior melanina, ela apresenta desafios na detecção precoce de melanomas, especialmente em áreas menos expostas ao sol. Pessoas com pele negra devem realizar exames regulares e ficar atentas a qualquer alteração.

A prevenção do melanoma é feita principalmente por meio da proteção solar: evite a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, use roupas adequadas, óculos de sol e protetor solar com FPS 30 ou superior, reaplicado a cada 2 horas ou após suor. O uso de protetor solar em crianças deve começar aos 6 meses. Escolha um produto específico para a faixa etária e aplique generosamente nas áreas expostas. Além disso, evite a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, opte por chapéus, roupas com proteção UV e procure sombra sempre que possível. Até os 6 meses, limite a exposição solar a breves períodos, de duas a três vezes por semana.

No tratamento, a cirurgia é a principal abordagem para melanomas iniciais. Nos casos avançados, novas terapias oferecem alternativas, mas o melanoma metastático continua sendo um desafio. A rede pública de saúde oferece encaminhamentos especializados.

Tipos de melanoma:

 Melanoma Extensivo Superficial: Comum e de crescimento lento, pode ser difícil de detectar em peles negras, especialmente em áreas de alta pigmentação.

Melanoma Lentiginoso Acral: Mais comum entre afrodescendentes e asiáticos, surge em áreas não expostas ao sol, como unhas e palmas das mãos. Nas peles mais escuras, pode ser confundido com manchas benignas.

Melanoma Lentigo Maligno: Superficial e de crescimento lento, comum em pessoas acima de 60 anos. Nas peles negras, as alterações podem ser menos visíveis.

Melanoma Nodular: O tipo mais agressivo, comum em homens, com lesões elevadas e possibilidade de sangramento. Nas peles negras, o contraste entre a lesão e a pele pode ser menor.

O melanoma pode afetar qualquer pessoa, independentemente do cor da pele. A detecção precoce é fundamental para um tratamento eficaz, por isso é importante realizar autoexames regulares e buscar ajuda médica ao notar qualquer alteração. Cuide da sua pele e da sua saúde!